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La Garganta Poderosa Brasil 24.05.2021

"UMA GARGANTA FAVELADA" Uma flor que foi a garganta da favela e gritou desde as raízes, diante de toda a opressão e repressão. Uma flor de identidade, vingança e orgulho, que a covardia armada quis arrancar naquele 14 de março de 2018, com quatro tiros em meio à dignidade. Marielle havia se tornado uma fonte completa para todos os oprimidos do Brasil; contra o governo de fato de Temer. A militância dela foi para evitar mais dor por tantos feminicídios e crimes de ódio, pela n...ecessidade de mais feminilidade ocupando os lugares de poder e ela conseguiu transmitir isso: As mulheres negras, por exemplo, quando caminham pela rua, ainda devem ouvir os homens que têm a ousadia de dizer coisas falando sobre o nosso corpo, como se estivéssemos no período da escravidão. Você vai ter que tolerar mulheres negras, trans, lésbicas, ocupando uma diversidade de espaços . Ela sempre ergueu sua bandeira, que também é nossa: Eu sou negra; porém, muito antes de reivindicar e entender como era ser negra no mundo, eu já era uma favelada . A partir daí, os ideais revolucionários que compartilhamos, porque uma coisa é você nascer e morar na favela; outra é reivindicar e usar seu status de favelada para se engajar na política de outra forma. Enfrentou a falta de oportunidades e foi recebida como socióloga na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, mesma cidade onde foi baleada junto com Anderson Gomes. Nunca hesitou em levantar a voz a cada vida que a polícia pacificadora afirmava: A segurança pública não se faz com mais armas, mas com políticas públicas em todas as áreas. Sua memória e integridade ainda ressoam contra a violência: "Quantos mais terão que morrer para que esta guerra termine?", perguntou Marielle. Quantos mais terão que morrer por consciência? Destacou todo o trabalho territorial que os fundamentos das aldeias fazem: Vale destacar, mais uma vez, a criatividade dessas mulheres, motivadas pela necessidade de superar suas circunstâncias objetivas e conquistar espaços alternativos de convivência; espaços que se materializam no campo das artes, da educação e da política, bem como nas várias formas de trabalho que contribuem para a sua subsistência . Eles nunca podem matá-la porque Marielle é sinônimo de resistência.

La Garganta Poderosa Brasil 07.05.2021

"UM MORTO A CADA 40 SEGUNDOS" Ontem lamentamos mais um novo recorde da gestão irresponsável de Jair Bolsonaro: desta vez, 2.286 mortes em um único dia, uma morte a cada 40 segundos! Por sua vez, 27 estados estão à beira do colapso com mais de 80% dos leitos das unidades de terapia intensiva ocupadas. A cidade de São Paulo tinha 13 hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotadas com pacientes de Covid-19 na manhã desta quarta-feira (10). Ao todo, eram 9 hosp...itais estaduais e 4 municipais com 100% de lotação. No Sul, a situação é ainda mais complicada: em Florianópolis, a ocupação dos leitos é de 98% e, em Porto Alegre, a taxa de ocupação chega a 80%. Nossas vidas estão em risco e não temos garantias do sistema de saúde estadual. Como o governo federal parece não dar a mínima para a situação, São Paulo teve que decretar a volta das restrições, permitindo apenas o funcionamento das atividades essenciais. E, como poderia ser de outra forma, Bolsonaro reiterou sua crítica a essas medidas pelo impacto na economia: "Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de novo, fique em casa. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?" A situação é de colapso iminente. O governo federal não acatou a orientação do Conselho Federal de Enfermagem, que alerta para a necessidade urgente de bloquear totalmente as atividades não essenciais em todo o território nacional e alerta que somente a vacinação em massa pode conter o avanço da pandemia. Na Rocinha, como em tantas outras favelas, ainda temos que lutar pela falta de água, pela inexistência do estado e pela falta de obras de saneamento. Ainda não desabamos porque foi tecida uma rede de contenção composta por vizinhos e organizações sociais que, no contexto da ausência total do Estado, se encarregaram da distribuição de materiais de higiene e cuidado. No entanto, os números falam por si: a taxa de mortalidade da COVID entre a população branca é de 38%, enquanto, entre os negros, a taxa de mortalidade é de quase 55%. É fundamental tomar medidas urgentes e coordenadas, entre o governo federal, os estados e os municípios, para evitar o colapso da saúde, que já é evidente em várias cidades brasileiras. (Não) é só uma gripezinha!

La Garganta Poderosa Brasil 01.05.2021

"UMA GARGANTA FAVELADA" Uma flor que foi a garganta da favela e gritou desde as raízes, diante de toda a opressão e repressão. Uma flor de identidade, vingança e orgulho, que a covardia armada quis arrancar naquele 14 de março de 2018, com quatro tiros em meio à dignidade. Marielle havia se tornado uma fonte completa para todos os oprimidos do Brasil; contra o governo de fato de Temer. A militância dela foi para evitar mais dor por tantos feminicídios e crimes de ódio, pela n...ecessidade de mais feminilidade ocupando os lugares de poder e ela conseguiu transmitir isso: As mulheres negras, por exemplo, quando caminham pela rua, ainda devem ouvir os homens que têm a ousadia de dizer coisas falando sobre o nosso corpo, como se estivéssemos no período da escravidão. Você vai ter que tolerar mulheres negras, trans, lésbicas, ocupando uma diversidade de espaços . Ela sempre ergueu sua bandeira, que também é nossa: Eu sou negra; porém, muito antes de reivindicar e entender como era ser negra no mundo, eu já era uma favelada . A partir daí, os ideais revolucionários que compartilhamos, porque uma coisa é você nascer e morar na favela; outra é reivindicar e usar seu status de favelada para se engajar na política de outra forma. Enfrentou a falta de oportunidades e foi recebida como socióloga na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, mesma cidade onde foi baleada junto com Anderson Gomes. Nunca hesitou em levantar a voz a cada vida que a polícia pacificadora afirmava: A segurança pública não se faz com mais armas, mas com políticas públicas em todas as áreas. Sua memória e integridade ainda ressoam contra a violência: "Quantos mais terão que morrer para que esta guerra termine?", perguntou Marielle. Quantos mais terão que morrer por consciência? Destacou todo o trabalho territorial que os fundamentos das aldeias fazem: Vale destacar, mais uma vez, a criatividade dessas mulheres, motivadas pela necessidade de superar suas circunstâncias objetivas e conquistar espaços alternativos de convivência; espaços que se materializam no campo das artes, da educação e da política, bem como nas várias formas de trabalho que contribuem para a sua subsistência . Eles nunca podem matá-la porque Marielle é sinônimo de resistência.

La Garganta Poderosa Brasil 21.04.2021

"UM MORTO A CADA 40 SEGUNDOS" Ontem lamentamos mais um novo recorde da gestão irresponsável de Jair Bolsonaro: desta vez, 2.286 mortes em um único dia, uma morte a cada 40 segundos! Por sua vez, 27 estados estão à beira do colapso com mais de 80% dos leitos das unidades de terapia intensiva ocupadas. A cidade de São Paulo tinha 13 hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotadas com pacientes de Covid-19 na manhã desta quarta-feira (10). Ao todo, eram 9 hosp...itais estaduais e 4 municipais com 100% de lotação. No Sul, a situação é ainda mais complicada: em Florianópolis, a ocupação dos leitos é de 98% e, em Porto Alegre, a taxa de ocupação chega a 80%. Nossas vidas estão em risco e não temos garantias do sistema de saúde estadual. Como o governo federal parece não dar a mínima para a situação, São Paulo teve que decretar a volta das restrições, permitindo apenas o funcionamento das atividades essenciais. E, como poderia ser de outra forma, Bolsonaro reiterou sua crítica a essas medidas pelo impacto na economia: "Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de novo, fique em casa. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?" A situação é de colapso iminente. O governo federal não acatou a orientação do Conselho Federal de Enfermagem, que alerta para a necessidade urgente de bloquear totalmente as atividades não essenciais em todo o território nacional e alerta que somente a vacinação em massa pode conter o avanço da pandemia. Na Rocinha, como em tantas outras favelas, ainda temos que lutar pela falta de água, pela inexistência do estado e pela falta de obras de saneamento. Ainda não desabamos porque foi tecida uma rede de contenção composta por vizinhos e organizações sociais que, no contexto da ausência total do Estado, se encarregaram da distribuição de materiais de higiene e cuidado. No entanto, os números falam por si: a taxa de mortalidade da COVID entre a população branca é de 38%, enquanto, entre os negros, a taxa de mortalidade é de quase 55%. É fundamental tomar medidas urgentes e coordenadas, entre o governo federal, os estados e os municípios, para evitar o colapso da saúde, que já é evidente em várias cidades brasileiras. (Não) é só uma gripezinha!

La Garganta Poderosa Brasil 20.04.2021

"O POVO BRASILEIRO É UM POVO DE LUTA" *Por Irena Sendler Hunoff, ativista trans do MST Eu nasci na cidade de Xanxerê, Santa Catarina, no sul do Brasil. Meus avós eram pequenos produtores rurais, e minha mãe e meu pai continuaram a tradição de trabalhar a terra e produzir alimentos na comunidade. Depois de passar pela cidade, voltei para o campo porque é meu lugar, minha infância, e porque queria lutar ao lado dos meus colegas pelas terras que nos pertenceram.... Quando entrei para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não existia um grupo LGBT consolidado, mas a necessidade nos impulsionou a construí-lo. Era fundamental que os nossos camaradas compreendessem que éramos camponeses, que queríamos trabalhar a terra e que também éramos LGBT. Não precisamos apenas da terra para viver e trabalhar: lutamos pela mudança social. Começamos a combater a violência com formação: falando sobre nós mesmos, apontando os diferentes tipos de discriminação e mostrando a importância da comunidade LGBT em toda construção social. Uma das ferramentas transformadoras da época foi a construção de uma cartilha que contasse a nossa história e realidade e que fosse distribuída a todas as comunidades camponesas. Pensamos que o Estado é necessário para uma verdadeira transformação. Exigimos que mais representantes da comunidade LGBT ocupem cargos de poder e promovam projetos de inclusão laboral de trans e travestis. O motor é escolher pessoas que sabem o que é viver à margem da sociedade. Queremos legisladores camponeses, ministros das periferias, deputados travestis. Para que o sistema em que vivemos mude, devemos preencher os poderes legislativo, executivo e judiciário com pessoas que tragam uma nova perspectiva e mudança social. Um dos grandes culpados pelo sofrimento, pobreza e discriminação que sofremos é o governo de Bolsonaro. Ele nunca foi e nunca será nosso presidente. Não o escolhemos nem o queremos. Sim, devemos fazer uma autocrítica para não repetir velhos erros e pensar em ganhar as próximas eleições. Devemos nos armar como classe trabalhadora para lutar. É terrível o que está acontecendo no Brasil hoje e como o Bolsonaro é incompetente. Já temos mais de 200.000 mortes por coronavírus e isso ainda não acabou! O povo brasileiro é um povo de luta e não vamos calar a boca. Não vamos parar de gritar e denunciar todos os abusos que estamos sofrendo. Jamais abaixaremos nossos braços ou silenciaremos nosso grito!

La Garganta Poderosa Brasil 18.04.2021

"O POVO BRASILEIRO É UM POVO DE LUTA" *Por Irena Sendler Hunoff, ativista trans do MST Eu nasci na cidade de Xanxerê, Santa Catarina, no sul do Brasil. Meus avós eram pequenos produtores rurais, e minha mãe e meu pai continuaram a tradição de trabalhar a terra e produzir alimentos na comunidade. Depois de passar pela cidade, voltei para o campo porque é meu lugar, minha infância, e porque queria lutar ao lado dos meus colegas pelas terras que nos pertenceram.... Quando entrei para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não existia um grupo LGBT consolidado, mas a necessidade nos impulsionou a construí-lo. Era fundamental que os nossos camaradas compreendessem que éramos camponeses, que queríamos trabalhar a terra e que também éramos LGBT. Não precisamos apenas da terra para viver e trabalhar: lutamos pela mudança social. Começamos a combater a violência com formação: falando sobre nós mesmos, apontando os diferentes tipos de discriminação e mostrando a importância da comunidade LGBT em toda construção social. Uma das ferramentas transformadoras da época foi a construção de uma cartilha que contasse a nossa história e realidade e que fosse distribuída a todas as comunidades camponesas. Pensamos que o Estado é necessário para uma verdadeira transformação. Exigimos que mais representantes da comunidade LGBT ocupem cargos de poder e promovam projetos de inclusão laboral de trans e travestis. O motor é escolher pessoas que sabem o que é viver à margem da sociedade. Queremos legisladores camponeses, ministros das periferias, deputados travestis. Para que o sistema em que vivemos mude, devemos preencher os poderes legislativo, executivo e judiciário com pessoas que tragam uma nova perspectiva e mudança social. Um dos grandes culpados pelo sofrimento, pobreza e discriminação que sofremos é o governo de Bolsonaro. Ele nunca foi e nunca será nosso presidente. Não o escolhemos nem o queremos. Sim, devemos fazer uma autocrítica para não repetir velhos erros e pensar em ganhar as próximas eleições. Devemos nos armar como classe trabalhadora para lutar. É terrível o que está acontecendo no Brasil hoje e como o Bolsonaro é incompetente. Já temos mais de 200.000 mortes por coronavírus e isso ainda não acabou! O povo brasileiro é um povo de luta e não vamos calar a boca. Não vamos parar de gritar e denunciar todos os abusos que estamos sofrendo. Jamais abaixaremos nossos braços ou silenciaremos nosso grito!

La Garganta Poderosa Brasil 05.04.2021

REALIDADE DE ENVENENAMENTO As condições de vida do campesinato brasileiro têm sido afetadas por um sistema de produção que libera venenos e adoece as pessoas. No entanto, esse modelo continua se aprofundando. Em dois anos de governo, Jair Bolsonaro aprovou o lançamento de 945 agrotóxicos, muitos deles perigosos à saúde e ao meio ambiente e até proibidos em outros países. Por exemplo, o Fipronil é um inseticida ilegal na França desde 2004; o Clorotalonil ou o Clorpirifos são p...roibidos pela União Européia, pois suas células favorecem o surgimento do câncer e sua neurotoxicidade afeta o desenvolvimento humano. Assim, vômitos, problemas respiratórios e doenças terminais passaram a fazer parte do dia a dia. María Aparecida Mota Belarmindo, vizinha do assentamento Olívio Albani, em Santa Catarina, conta que em 2007 os donos das roças vizinhas começaram a usar agrotóxicos e comentou: Jogaram de avião em suas terras, estamos bem no meio. Pouco tempo depois, muitas pessoas adoeceram com o contato com a água contaminada pelo veneno, começaram a ter diarreia e vômitos. Observando que o sistema foi matando aos poucos, ele optou pela saúde e soberania alimentar e garantiu: Produzimos nossos alimentos sem agrotóxicos: mandioca, melancia, amendoim, batata, girassol, feijão, milho e tudo o que precisamos comer. Com meu pai plantamos tudo juntos: uma fileira de cada planta. Entre 2010 e 2019, mais de 7.000 trabalhadores rurais foram atendidos em hospitais e diagnosticados com intoxicação por agrotóxicos. Embora existam setores da economia que comemoram as conquistas e ganhos que o agronegócio produz à custa da saúde dos trabalhadores camponeses, a alternativa ao uso de agrotóxicos e à proliferação de monoculturas já está em curso e continua crescendo no país, conforme relata o diretor estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul, Adalberto Martins: Essas práticas e novos conhecimentos estão repletos de lutas políticas, pois as famílias camponesas sem-terra sabem que esse é o caminho para gerar melhores condições de vida. É possível produzir sem o uso de insumos químicos, sejam eles pesticidas ou fertilizantes sintéticos altamente solúveis. O sistema agroecológico também é um benefício para o agricultor, pois ficará livre de contaminação . Além da organização política, o incentivo à produção agroecológica deve vir de políticas públicas, especialmente aquelas que motivam os agricultores a produzir e as que permitem pagar pela produção ou investir em infraestrutura produtiva. Podemos ver a agricultura camponesa e a reforma agrária como um processo de desenvolvimento humano e não apenas como um conjunto de práticas e conhecimentos alternativos; É um espaço de construção da consciência, um caminho que não é novo e que exige decisão e vontade política para poder produzir alimentos que se libertam de substâncias tóxicas. Aqui embaixo continuamos gritando Chega de envenenar o campesinato!

La Garganta Poderosa Brasil 04.04.2021

REALIDADE DE ENVENENAMENTO As condições de vida do campesinato brasileiro têm sido afetadas por um sistema de produção que libera venenos e adoece as pessoas. No entanto, esse modelo continua se aprofundando. Em dois anos de governo, Jair Bolsonaro aprovou o lançamento de 945 agrotóxicos, muitos deles perigosos à saúde e ao meio ambiente e até proibidos em outros países. Por exemplo, o Fipronil é um inseticida ilegal na França desde 2004; o Clorotalonil ou o Clorpirifos são p...roibidos pela União Européia, pois suas células favorecem o surgimento do câncer e sua neurotoxicidade afeta o desenvolvimento humano. Assim, vômitos, problemas respiratórios e doenças terminais passaram a fazer parte do dia a dia. María Aparecida Mota Belarmindo, vizinha do assentamento Olívio Albani, em Santa Catarina, conta que em 2007 os donos das roças vizinhas começaram a usar agrotóxicos e comentou: Jogaram de avião em suas terras, estamos bem no meio. Pouco tempo depois, muitas pessoas adoeceram com o contato com a água contaminada pelo veneno, começaram a ter diarreia e vômitos. Observando que o sistema foi matando aos poucos, ele optou pela saúde e soberania alimentar e garantiu: Produzimos nossos alimentos sem agrotóxicos: mandioca, melancia, amendoim, batata, girassol, feijão, milho e tudo o que precisamos comer. Com meu pai plantamos tudo juntos: uma fileira de cada planta. Entre 2010 e 2019, mais de 7.000 trabalhadores rurais foram atendidos em hospitais e diagnosticados com intoxicação por agrotóxicos. Embora existam setores da economia que comemoram as conquistas e ganhos que o agronegócio produz à custa da saúde dos trabalhadores camponeses, a alternativa ao uso de agrotóxicos e à proliferação de monoculturas já está em curso e continua crescendo no país, conforme relata o diretor estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul, Adalberto Martins: Essas práticas e novos conhecimentos estão repletos de lutas políticas, pois as famílias camponesas sem-terra sabem que esse é o caminho para gerar melhores condições de vida. É possível produzir sem o uso de insumos químicos, sejam eles pesticidas ou fertilizantes sintéticos altamente solúveis. O sistema agroecológico também é um benefício para o agricultor, pois ficará livre de contaminação . Além da organização política, o incentivo à produção agroecológica deve vir de políticas públicas, especialmente aquelas que motivam os agricultores a produzir e as que permitem pagar pela produção ou investir em infraestrutura produtiva. Podemos ver a agricultura camponesa e a reforma agrária como um processo de desenvolvimento humano e não apenas como um conjunto de práticas e conhecimentos alternativos; É um espaço de construção da consciência, um caminho que não é novo e que exige decisão e vontade política para poder produzir alimentos que se libertam de substâncias tóxicas. Aqui embaixo continuamos gritando Chega de envenenar o campesinato!

La Garganta Poderosa Brasil 27.03.2021

CRÔNICA DE UM COLAPSO ANUNCIADO Nessas horas, as pessoas vivem com medo e desespero em Manaus, capital da Amazônia, cujo sistema de saúde foi exacerbado quando cessaram as reservas de oxigênio para leitos de terapia intensiva. Os bairros populares de Manaus ficaram sozinhos diante do avanço do vírus e da indiferença do presidente Jair Bolsonaro, que minimizou seu perigo durante a pandemia. A cidade foi visitada há poucos dias pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, que diss...e que a única coisa que podiam fazer era esperar a chegada dos tanques de oxigênio na cidade. Assim, deixou claro que o Governo só atua quando explodem as crises e não na prevenção como preconiza todos os órgãos. O governo do estado está tentando enviar pacientes para estados vizinhos, com o objetivo de prevenir mortes, que chegaram a 5879 no estado desde o início da pandemia. Entre essas transferências estão bebês prematuros. Por sua vez, o Governo Nacional aumentou o imposto de importação dos tanques de oxigênio que estavam isentos desde o início da pandemia. Além disso, mobiliza campanhas demagógicas para o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes. Bolsonaro sempre teve o mesmo comportamento: desligar-se de sua responsabilidade como presidente e culpar os estados pela situação de saúde, enquanto continua ignorando a pandemia e ainda não consegue iniciar uma campanha de vacinação. O vírus é combatido com um Estado presente, planejando e investindo na saúde!

La Garganta Poderosa Brasil 26.03.2021

CRÔNICA DE UM COLAPSO ANUNCIADO Nessas horas, as pessoas vivem com medo e desespero em Manaus, capital da Amazônia, cujo sistema de saúde foi exacerbado quando cessaram as reservas de oxigênio para leitos de terapia intensiva. Os bairros populares de Manaus ficaram sozinhos diante do avanço do vírus e da indiferença do presidente Jair Bolsonaro, que minimizou seu perigo durante a pandemia. A cidade foi visitada há poucos dias pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, que diss...e que a única coisa que podiam fazer era esperar a chegada dos tanques de oxigênio na cidade. Assim, deixou claro que o Governo só atua quando explodem as crises e não na prevenção como preconiza todos os órgãos. O governo do estado está tentando enviar pacientes para estados vizinhos, com o objetivo de prevenir mortes, que chegaram a 5879 no estado desde o início da pandemia. Entre essas transferências estão bebês prematuros. Por sua vez, o Governo Nacional aumentou o imposto de importação dos tanques de oxigênio que estavam isentos desde o início da pandemia. Além disso, mobiliza campanhas demagógicas para o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes. Bolsonaro sempre teve o mesmo comportamento: desligar-se de sua responsabilidade como presidente e culpar os estados pela situação de saúde, enquanto continua ignorando a pandemia e ainda não consegue iniciar uma campanha de vacinação. O vírus é combatido com um Estado presente, planejando e investindo na saúde!

La Garganta Poderosa Brasil 20.03.2021

ESTA LUTA É DO POVO BRASILEIRO E DE TODO O PLANETA Há 32 anos choramos por Chico Mendes, há 32 anos eles não param de nos matar por defender o óbvio: o ar que respiramos. 24 defensores ambientais nos mataram ano passado no Brasil. Indígenas e ambientalistas que deram continuidade à luta de Chico contra o desmatamento e perda da mata nativa. Como resultado dessa luta, nos últimos 16 anos, tivemos 653 assassinatos por defesa de causas ambientais, segundo o Observatório do Ter...ceiro Setor. Claro que o governo Bolsonaro nada fez para deter esse massacre, senão o contrário, ele se caracterizou pelo desmantelamento de órgãos de fiscalização, como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela execução de políticas contrários à preservação. Nem tiveram o cuidado de esconder quais eram suas intenções. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse, sem prurido, que a pandemia era uma "oportunidade" para afrouxar a legislação e "fazer passar todo o gado", ou seja, derrubar o máximo possível de leis ambientais de uma só vez, além de criticar o Judiciário por bloquear algumas de suas iniciativas. Só em setembro, 164 incêndios se espalharam por terras indígenas no Pantanal, a maior área úmida do mundo. Mais de 200 em agosto. Quase metade das áreas indígenas enfrentou incêndios, que cercaram aldeias, destruíram casas e plantações e levaram a hospitalizações por problemas respiratórios. No Pantanal, o número começou a aumentar no final de julho, mas explodiu em agosto e setembro: 72% dos surtos do ano ocorreram apenas nesses meses. Os números não são mais alarmantes e se tornaram incomuns. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, o desmatamento na floresta amazônica aumentou 9,5% em relação ao período anterior e atingiu seu maior nível desde 2008. A perda de cobertura vegetal, que cobre cerca de 60% do território brasileiro, é maior do que a área de países inteiros como o Líbano ou a Jamaica. Chico Mendes não se cansava de gritar que era fundamental que a Amazônia se tornasse Patrimônio da Humanidade: Essa luta não é só dos seringueiros ou dos índios. É uma luta do povo brasileiro e de todo o planeta. Nosso discurso não é apenas ecológico. Não queremos transformar a Amazônia em um santuário; mas também não queremos uma selva devastada . Algo que Bolsonaro, por sua vez, se encarregou de desqualificar em seu discurso perante a Assembleia da ONU: a Amazônia não está sendo devastada nem consumida pelo fogo como a imprensa diz falsamente, é uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade. Não quero flores no meu enterro, pois sei que irão arrancá-las da floresta. Quero apenas que o meu assassinato sirva para acabar com a impunidade dos jagunços sob a proteção da Polícia Federal do Acre que, de 1975 para cá, já mataram mais de 50 pessoas como eu, líderes seringueiros empenhados em defender a floresta amazônica e fazer dela um exemplo de que é possível progredir sem destruir.

La Garganta Poderosa Brasil 09.03.2021

"QUE SUA GARGANTA PERMANEÇA SUA ARMA" Nunca esqueceremos que sua remoção revelou as forças antidemocráticas. Ainda nos lembramos das intervenções misóginas e machistas do Congresso, onde nenhum dos que votaram pela sua demissão falava da Constituição Nacional ou da soberania popular, bases e fundamentos da democracia. Essa zombaria do nosso sistema eleitoral popular deu origem, com o futuro desafio de Lula, ao governo de Bolsonaro. Nós nunca esqueceremos isso também. Você uma... vez nos disse que "nada haverá na vida que possa me desmoralizar, porque continuo convencida de que vivo para lutar". Livre de toda armadura, você abre as portas de sua casa para nós pela unidade dos movimentos populares e porque nenhuma vontade é desarmada, enquanto a dignidade perdura: não há arma melhor que a garganta. Saudamos você no seu novo aniversário, companheira e, como diria uma jovem Dilma: Vamos continuar lutando, querida.

La Garganta Poderosa Brasil 01.03.2021

"PRECISAMOS DE MAIS MARIELLES NA POLÍTICA" * Por Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco. Caminhamos 1000 dias de pura tristeza, 1000 dias sonhando e imaginando a brutalidade do que fizeram à minha filha. E também 1000 dias com a esperança e o compromisso de que a impunidade acabe. A única coisa que poderia me dar paz de espírito neste momento é saber quem fez tudo isso com ela, quem a matou e quem a enviou para matar.... Mari era uma menina que cresceu e se formou a partir da solidariedade do bairro do Complexo da Maré, Rio de Janeiro. Isso se refletiu em cada um de seus passos. Além disso, compartilhava com mulheres da família que marcavam sua militância: sua avó e suas tias eram mulheres muito determinadas, acreditavam na sensibilidade e liderança de Marielle, mas o assassinato de uma amiga dela, produto de uma bala perdida, acabou determinando seu caminho: depois daquela injustiça, ela decidiu se dedicar à defesa dos direitos de quem vivemos nas favelas, principalmente das mulheres negras. Sem dúvida, ela teve uma vida extremamente comprometida, que transcendeu o partidário. Ela lutou pelo respeito e dignidade da vida humana. Marielle me ensinou a acreditar que as transformações são possíveis e que devemos lutar por elas. Ela sonhava com uma mudança profunda, não apenas dentro do processo político e das instituições, mas em todas as esferas socioculturais. Assim, muitas mulheres da favela entenderam que não só são necessárias mais mulheres na política, também é possível chegar a ocupar cargos políticos. Sempre transmitiu sua mensagem com alegria, foi um convite para que participássemos diretamente das decisões públicas. A esperança da minha filha era ver mais mulheres e diversidade no Parlamento. Já não sei onde encontrar forças para continuar a exigir justiça, para descobrir quem a matou e quem mandou matá-la. Porque agora somos nós, agora temos que continuar lutando por uma política que é atravessada pelo amor desde suas raízes. Devemos mudar esse sistema que perpetua desigualdades e discriminação contra mulheres, negros, travestis e favelados que são agredidos diariamente. Temos que permanecer firmes para resistir como ela, e como tantas outras que em nenhum momento foram ou serão derrotadas. Minha filha não é apenas mais um número, ela é uma semente que brota desde baixo.

La Garganta Poderosa Brasil 19.02.2021

ENSINAR E APRENDER NÃO PODE DAR-SE FORA DA ALEGRIA A educação como prática libertadora não pode ser entendida como mera prática contemplativa da realidade. É por isso que, no Só Cria, construímos uma educação popular como instrumento de intervenção na realidade a partir da reflexão crítica e organização dos estudantes, professores e voluntários. Eu conheci o pré pela tia de uma amiga e ela me deu uma força para me inscrever. No começo, eu fui mas não tive otimismo achando...Continue reading

La Garganta Poderosa Brasil 13.02.2021

O RACISMO TAMBÉM É AMBIENTAL Em nossos bairros, a chegada do verão representa uma preocupação. Longe do sol e das férias, vemos chegar o calor extremo, a falta de água potável e as chuvas torrenciais juntamente com as goteiras e as ruas inundadas que muitas vezes ultrapassam um metro de altura. Ao mesmo tempo, nos perguntamos quantas vezes ficaremos sem energia nesta temporada e passaremos nossas noites nas altas temperaturas sem ventiladores ou com nossas refeições apodrecen...Continue reading

La Garganta Poderosa Brasil 06.02.2021

AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA DE LUTA! 75 anos nunca baixando os braços. 75 anos gritando junto ao povo brasileiro. 75 anos gritando com toda a América Latina unida!... Todo esse amor reprimido Esse grito contido Amanhã há de ser outro dia de luta! #ParabensLula

La Garganta Poderosa Brasil 22.01.2021

PARA UM RETORNO SEGURO À ESCOLA! A pandemia expôs, entre outras coisas, os parcos investimentos públicos em saneamento básico, saúde e educação, insuficientes para atender às demandas da população em geral, e de forma mais acentuada dos setores populares do Brasil. Assim, entendemos que mesmo com as recomendações detalhadas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o retorno às aulas não é uma tarefa fácil, pois fatores de natureza múltipla devem ser considerados. Essa situação ...Continue reading

La Garganta Poderosa Brasil 03.01.2021

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS! Da Rocinha aos arredores de Curitiba com o amor de sempre e a alegria coletiva, reivindicamos o direito à felicidade. Celebramos juntos um domingo de sol na Caximba com muita brincadeira. Apesar do distanciamento, as atividades recreativas e educativas continuam para que seus futuros sejam ampliados. ... Máscaras, fantasias, bolhas, amarelinha, futebol, pebolim, capoeira. Não faltou nada. Na Rocinha, o Pré-vestibular Só Cria, as Brigadas Populares e a academia Primus Muay Thai organizaram um dia de doces, brincadeiras e muita alegria com a favela. Junto à distribuição de doces e brinquedos, muita música e até campeonato de passinho! Nos endurecemos sem perder a ternura, a alegria e o calor ... A todas as nossas meninas e meninos, feliz dia das crianças!

Información

Web: http://www.lapoderosa.org.ar

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